Previsões para 2025 nas redes sociais

O que vai ser tendência e minhas previsões para as mídias sociais em 2025?

Bom, eu tirei uns dias de férias no finalzinho de dezembro e comecinho de janeiro e aproveitei para no ócio (não tão ócio assim para quem não desliga nunca) escolher algumas das coisas que acho que vão rolar em 2025. Como no ano passado acertei uma parte delas, resolvi repetir esse ano o ensaio. Bora lá:

 

Continue lendo e saiba:

Os conteúdos episódicos, em formato de séries e com duração intermediária (60- 90 seg) estarão em alta

O storytelling, ou a arte de contar histórias, virou o grande destaque do momento, e muitos profissionais de redes sociais já perceberam como criadores estão obtendo resultados incríveis ao usar episódios e séries para engajar o público.

 

Por isso, é bem provável que mais marcas comecem a apostar nessa estratégia.

 

E faz todo sentido – esse formato oferece razões mais sólidas para que as pessoas acompanhem as marcas, ao contrário de conteúdos pontuais e desconexos.

 

Quando falo de “conteúdo de duração intermediária”, me refiro a vídeos curtos, mas que duram entre 60 e 90 segundos e contam com uma narrativa mais elaborada.

 

Esse estilo tem tudo para conquistar ainda mais espaço entre as marcas.

 

Mídias sociais: Acho que as marcas não apostarão tanto em conteúdos longos

Embora seja uma previsão recorrente, eu realmente penso que as marcas poderiam adotar a estratégia dos YouTubers para aumentar o engajamento e impulsionar as vendas.

 

Porém, com minha experiência, pedir para as equipes de redes sociais dominarem um estilo de conteúdo completamente diferente, em uma plataforma nova, com vídeos de 3 a 10 vezes mais longos do que já produzem?

 

E ainda lidar com um formato que exige tempo para gerar resultados porque será necessário aprender a fazê-lo bem?

 

Isso não parece algo que a indústria esteja pronta para abraçar.

 

 

 

 

 

Os criadores de conteúdo internos se tornarão uma profissão comum

Você que me acompanha sabe que eu já havia previsto isso, inclusive, para o ano de 2024.

 

Esse movimento que começou de forma lenta, acredito que vai ganhar mais velocidade este ano.

 

Outro dia, vi no LinkedIn uma vaga para o cargo de “Criador de Conteúdo Sênior Corporativo”.

 

As marcas terão resultados muito melhores ao contratar especialistas em vídeos para redes sociais, em vez de tentar adaptar colaboradores criativos ou gerentes de mídias sociais para essa função.

 

 

 

Millennials em posições de liderança vão ampliar os orçamentos para redes sociais e influenciadores

Os millennials realmente compreendem o impacto das redes sociais!

 

Pode ter certeza de que os investimentos em publicidade tradicional vão continuar migrando para estratégias de marketing de conteúdo, seja orgânico, patrocinado ou por meio de influenciadores.

 

Você verá uma enxurrada de conteúdo das marcas, a ponto de ficar até difícil acompanhar tudo.

 

Legendas recheadas de palavras-chave serão ainda mais relevantes

As redes sociais estão cada vez mais focadas em SEO e menos no uso de hashtags, principalmente após o Instagram anunciar que vai desativar a opção de seguir hashtags.

 

Com isso, o texto escrito na legenda de uma publicação passará a ter muito mais importância do que hashtags inseridas no final só para cumprir tabela.

 

Quem disse isso foi a Erin O’Donnell, Especialista em Mídias Sociais nos USA.

 

 

O TikTok será ou não banido nos EUA?

Nós, especialistas em marketing, temos muitas opiniões sobre o assunto, mas, no fim, ninguém sabe ao certo o que vai acontecer porque quem decide é outro país.

 

Minha opinião?

 

Banir um aplicativo que é querido por 150 milhões de americanos seria uma maneira drástica de afastar o público, seja ele considerado uma ameaça à segurança interna deles ou não.

 

Minha aposta é que o TikTok continuará por lá.

Mas precisamos esperar para ver.

 

As colaborações no Instagram continuarão sendo um recurso pouco eficiente para parcerias

Admito: nunca fui grande fã das colabs no Instagram.

 

Toda vez dá ruim.

 

É raro encontrar um mesmo conteúdo que realmente funcione bem em mais de um conta ao mesmo tempo.

 

E, quando marcas colaboram com influenciadores, muitas vezes o post acaba tendo cara de publicidade, perdendo a autenticidade.

 

Além disso, nunca vi esse tipo de post no Instagram realmente gerar um aumento significativo de seguidores ou se tornar viral.

 

Pelo contrário. Boa parte, flopa.

 

 

 

Algumas previsões preocupantes

Mais marcas serão processadas por uso de materiais protegidos por direitos autorais.

Vou continuar alertando: pare de usar artes, memes, fotos de celebridades e músicas sem a devida licença nos seus conteúdos.

Para você ter uma ideia, 14 times da NBA nos Estados Unidos já enfrentaram processos por esse motivo.

E, hoje em dia, até influenciadores estão processando uns aos outros por questões de direitos autorais.

Sério, invista em criar conteúdos originais usando materiais que sua marca realmente possua.

Não vai demorar chegar aqui.

 

Conteúdo gerado por funcionários será comum, mas não vai fazer sucesso.

Eu entendo o conceito – se a sua marca tem um orçamento apertado ou sua equipe de redes sociais é formada por apenas uma pessoa, usar os próprios funcionários em vídeos parece uma solução “gratuita”.

Mas aqui vai a verdade: João, o gerente de marketing, Cláudia a estagiária, não nasceram para serem atores ou produtores de conteúdo, e aparecer bem diante das câmeras é uma habilidade que exige prática.

Na maioria das vezes, conteúdos feitos por funcionários acabam parecendo amadores, dificilmente geram resultados expressivos e, mesmo quando conseguem engajamento, quase nunca ajudam a atrair os clientes certos para a empresa.

 

 

Marcas vão focar demais na Geração Z e correr o risco de perder os millennials

Eu sei que é fácil exagerar na atenção ao que é novidade, mas não consigo acreditar em como todo relatório de marketing e estratégia está focado exclusivamente na Geração Z agora.

Atualmente, os millennials têm entre 28 e 43 anos e representam a base de consumidores mais rica e experiente em internet que já tivemos.

Ainda assim, vemos uma ênfase enorme em “táticas para a Geração Z”.

Essa também é a primeira vez que uma geração de pessoas entre 30 e 40 anos tem mais de 15 anos de experiência confortável com redes sociais.

As marcas terão resultados mais sólidos se deixarem de se preocupar com gerações e passarem a focar mais em interesses e grupos específicos.

 

Previsões para plataformas sociais

Os Shorts do YouTube se tornarão um canal indispensável para as marcas.

Eu já previa isso para 2024, mas talvez tenha me adiantado um pouco.

Agora, porém, parece que o momento chegou, especialmente porque o Duolingo, que é muito popular nas redes sociais, já começou a adotar essa estratégia.

Os Reels e TikToks que você já cria podem ser facilmente postados no YouTube Shorts, ajudando a atrair mais atenção para esse canal, que antes era apenas um espaço para propagandas da TV.

Preste atenção: os Shorts têm tudo para ser altamente eficazes em aumentar o reconhecimento de marca, sem que as equipes precisem investir muito em personalizações.

 

O LinkedIn vai se tornar mais parecido com o Facebook e o Twitter

Não é algo que eu desejo, mas acredito que veremos mais selfies e atualizações pessoais invadindo nosso feed do LinkedIn no próximo ano, além daquele toque sarcástico que já conhecemos do Twitter.

Embora eu seja a favor de um pouco mais de pessoalidade na plataforma, espero que ela mantenha uma vibe positiva – prefiro um conteúdo “cafona” a algo “ácido”.

 

O YouTube ultrapassará 3 bilhões de usuários ativos mensais em 2025

Tenho a impressão de que o YouTube está tomando todas as decisões certas no momento, especialmente com suas iniciativas para atrair espectadores de TV.

Comparado ao Netflix e a outros serviços de streaming, acho que o algoritmo do YouTube é muito melhor em me recomendar conteúdos que realmente despertam meu interesse (e isso vindo de alguém que é um grande fã de filmes, diga-se de passagem).

Atualmente, o YouTube já conta com 2,7 bilhões de usuários, e atingir o marco de 3 bilhões parece apenas uma questão de tempo.

 

 

Previsões sobre marca pessoal e marketing com funcionários

Mais funcionários vão se tornar microinfluenciadores no ambiente de trabalho, e as empresas terão que atualizar suas políticas de mídia.

 

Quando eu era estrategista em tempo integral, cerca de metade dos meus empregadores adorava minha marca pessoal (ela trazia dinheiro para as agências!), enquanto a outra metade não sabia muito bem o que pensar sobre isso.

 

Hoje, muitos funcionários jovens estão postando no LinkedIn sobre suas carreiras, tornando-se representantes não oficiais das empresas onde trabalham.

 

As empresas que estão à frente dessa tendência devem colaborar ativamente com esses influenciadores internos, em vez de limitá-los… mas acredito que haverá algumas tensões no processo.

 

 

Marcas pessoais feitas por ghostwriters vão fracassar.

Eu não aguento mais ver CEOs “escrevendo” textos sobre o futuro do trabalho híbrido.

 

Quero mais líderes criando conteúdo e compartilhando sua sabedoria com a próxima geração de profissionais de marketing, mas quero que isso venha deles, e não de uma agência escrevendo por eles.

 

Além disso, conteúdos feitos por ghostwriters não geram resultados que justifiquem o investimento, já que carecem de autenticidade.

 

Se executivos de alto nível querem construir marcas pessoais, elas precisam ser realmente pessoais.

 

 

O Twitter não vai falir

Sei que muita gente odeia o estado atual do Twitter.

 

Eu ainda publico lá porque tenho seguidores, mas excluí o aplicativo do meu celular e parei de rolar o feed – o que melhorou muito meu dia a dia.

 

Ainda assim, o Twitter continua sendo a principal plataforma de rede social baseada em textos entre pares, tanto pelo seu histórico consolidado quanto pelo fracasso dos concorrentes em criar algo mais atraente.

 

Acredito que as pessoas que deixaram o Twitter acabarão gastando mais tempo em aplicativos sociais já estabelecidos ou até mesmo voltando para lá.

 

 

 

 

O LinkedIn será o maior beneficiado com o êxodo do Twitter

Já ouvi de vários criadores de conteúdo no Twitter que estão focando no LinkedIn, pela energia mais positiva e pelo melhor engajamento que oferece.

Se você costumava aprender ou ensinar no Twitter, recomendo migrar para o LinkedIn. Embora o Twitter não seja expressivo no Brasil, não é uma mídia desprezível.

 

 

Alguém vai tentar comprar o Twitter de Elon Musk

Embora eu ache que o Twitter não vá falir, acredito que a má imprensa e a perda de usuários sejam motivos de preocupação.

Além disso, o interesse de Elon em possuir a plataforma pode mudar após as eleições.

Ainda que eu duvide que ele venda o Twitter, simplesmente porque é um grande símbolo de status para um bilionário possuir uma rede social, aposto que ouviremos sobre propostas muito sérias de outros ricos interessados em comprá-lo.

 

 

Previsões para Influenciadores e Criadores de Conteúdo

Empresas B2B e SaaS vão contratar criadores B2B como verdadeiros embaixadores.

Minha amiga e YouTuber Dara Denney cria conteúdos incríveis sobre como fazer ótimos anúncios sociais.

 

Por isso, a Motion a contratou como “Chief Evangelist” em uma parceria pública de longo prazo que inclui não apenas as ações tradicionais de influenciadores, mas também consultoria sobre produtos e a empresa em si.

 

Acredito que mais empresas de produtos digitais buscarão contratos de longo prazo com criadores que se encaixem em seus perfis – eles são eficazes, mais simples do que contratar vários influenciadores e ajudam a criar mensagens mais consistentes.

 

 

O marketing de influenciadores em tempo real se tornará uma tática favorita das marcas.

Quando criadores passam por um aumento repentino de fama e atenção, as marcas de sucesso vão se associar rapidamente a eles para ativações ágeis de influenciadores – essas oportunidades são boas demais para serem ignoradas.

Os profissionais de marketing podem maximizar os resultados dedicando mais orçamento e recursos para colaborações de influenciadores com briefings abertos e customizações criativas que surpreendam e encantem.

Isso aproveita a viralidade cultural de curto prazo e conquista o público ao apoiar seus criadores favoritos. – Sean Donnelly, Estrategista Sênior de Social na DEPT

 

 

As marcas começarão a depender mais de UGC (User-Generated Content) do que de influenciadores.

Os cachês continuam inconsistentes e muitas marcas não têm orçamento suficiente para campanhas com influenciadores.

Aliás, UGC Refere-se ao conteúdo criado pelos próprios consumidores ou usuários de uma marca, como fotos, vídeos, avaliações ou posts nas redes sociais que destacam espontaneamente produtos ou serviços.

Esse tipo de conteúdo é geralmente mais autêntico e econômico para as marcas, pois é produzido pelos próprios clientes, em vez de ser desenvolvido por influenciadores pagos ou campanhas publicitárias tradicionais.

Algumas experimentaram baixo retorno sobre investimento, não têm capacidade de equipe para gerenciar campanhas em larga escala ou precisam redirecionar fundos para prioridades como eventos, IA, SMS e UX.

A diferença entre “inspirador” e “aspiracional” é significativa, e por isso temos visto uma mudança para criadores que produzem conteúdos consumíveis, em vez de influenciadores focados apenas em vender. Isso quem disse foi a Shayna Macklin, gringa excelente em estratégia social e que trabalha para a Playboy.

 

Criadores de conteúdo “sem rosto” receberão mais amor das marcas.

Influenciadores tradicionais de grande porte costumam cobrar valores altos, mas estamos vendo o crescimento dos criadores “sem rosto” (como o nome sugere, influenciadores que focam mais em produtos úteis ou melhorias no estilo de vida, muitas vezes sem aparecer em frente às câmeras).

Eles são mais eficientes no orçamento de marketing com influenciadores, já que o produto continua sendo o protagonista e o foco está no estilo de vida de uma pessoa comum, e não no dia a dia de uma celebridade famosa. – Brooke Richardson, Social Revolt Agency

 

 

Campanhas de influenciadores terão mais criadores por campanha.

Com as ferramentas SaaS melhorando continuamente, as empresas agora estão mais preparadas para escalar programas de influenciadores amplos e diversificados.

 

Essa é uma maneira eficiente de compensar os crescentes custos de aquisição de clientes, mitigar riscos e alcançar resultados mais previsíveis.

 

Grandes apostas em influenciadores de destaque ainda ocorrerão, mas serão feitas de forma mais estratégica e com menor frequência. Isso foi dito por Joshua Weidling, Especialista no mercado de criadores de conteúdo.

 

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